Movimento de comportamento e gênero musical que aconteceu em São Paulo entre 1965 e 1969, sob inspiração de um programa de TV do mesmo nome, na TV Record. Quando surgiu, falava-se muito em "golpe publicitário", palavra bem na moda, porque a turma que se autodenominava Jovem Guarda vinha com um pacote completo: programa, shows em estádios, moda, objetos e comportamento.
Era, de fato, uma estratégia avançada para introduzir a cultura jovem internacional no Brasil. O "movimento" nasceu na zona norte do Rio de Janeiro, com a turma de amigos de Erasmo e Roberto Carlos, os dois mentores musicais da JG. A eles juntaram-se Tim Maia, Wanderléia, Martinha, Eduardo e Silvinha Araújo, Leno e Lilian, Rosemary, Deny e Dino, The Pops, Ronnie Von, Vanusa, De Kalafe, Os Vips, Os Brasões e Renato & seus Blue Caps, Agnaldo e Reynaldo Rayol entre outros.
O sucesso dessa geração começou com o programa "Jovem Guarda", que estreou na TV Record em setembro de 1965. O grande sucesso da temporada foi a balada "Quero que Vá Tudo pro Inferno", de Erasmo e Roberto Carlos, cantada pelo próprio Roberto. O êxito dos três apresentadores do programa – Roberto, Erasmo e Wanderléia – fez com que lançassem as marcas Calhambeque, Tremendão e Ternurinha, comercializando todo tipo de produto, de bijuterias a calçados, bonecas e roupas.
O programa saiu do ar em 1969, e, com ele, a Jovem Guarda, esvaziada pela chegada dos tropicalistas. A novidade do movimento foi o marketing utilizado na venda da nova imagem nunca antes utilizado no Brasil.